Manoel Ricardo de Lima nació en PARNAÍBA, Brasil en 1970, é um escritor brasileiro e professor de Literatura Portuguesa da Universidade Federal de Santa Catarina, onde também faz doutorado em Teoria da Literatura, Textualidades Contemporâneas, a partir de Joaquim Cardoso e Rui Belo.
Publicou Embrulho (Rio de Janeiro: Sete Letras, 2000); Falas Inacabadas - Objetos e um Poema, com a artista visual Elida Tessler (Porto Alegre: Tomo Editorial, 2000); Entre Percurso e Vanguarda - alguma poesia de P. Leminski (São paulo: Annablume, 2002), As Mãos (Rio de Janeiro, 2003) e outra manhã, uma plaqueta, com Anibal Cristobo e Eduardo Frota (Fortaleza: Dragão do Mar, 2006). É colaborador como articulista de alguns jornais e revistas. Vive em Florianópolis. Fonte: wikipedia (onde aparece como Manuel Ricardo de Lima)
RIQUELME Y LINIERS NUNCA SE DESPIERTAN
para Aníbal
Dos o tres veces por día se puede oir de
todas partes de la calle a alguien pidiendo
socorro. Son gritos estridentes, un trinar de
voz o un aullido o alguna cosa muy próxima
del silencio y varias imágenes distraídas.
Todos abren mucho los ojos, todos buscan
algo, todos se mueven, todos prestan mucha
atención. Nunca es la misma voz, nunca
parece tan cercana, nunca hay respuestas.
Alguien corre de un lado a otro con un
sombrero negro de copa, un sobretodo negro
hasta los tobillos, un par de zapatos negros y
cabeza abajo. Así, dos o tres veces por día,
el mundo nunca es el mismo
Traducido por Aníbal Cristobo
RIQUELME E LINIERS NÃO ACORDAM NUNCA
(para o Aníbal):
Duas ou três vezes por dia é possível ouvir
de todos os lados da rua alguém dizer que
precisa de socorro. São gritos estridentes,
um trinado de fala ou um uivo ou alguma
coisa muito próxima do silêncio e várias
imagens distraídas. Todos arregalam os
olhos, todos procuram algo, todos se
movem, todos prestam muita atenção.
Nunca é a mesma voz, nunca parece tão
perto, nunca há respostas. Alguém corre de
um lado para o outro, misteriosamente, com
uma cartola preta, um casaco preto até os
tornozelos, um par de sapatos pretos e de
cabeça para baixo. Assim, duas ou três
vezes por dia o mundo nunca é o mesmo
A solidão
Depois, ao lado da morada, a casa. O quarto, quase. Malogro: amor não tranqüilo. Vem de uma alameda e plátanos, tremores e revés. Degrada a impossibilidade, uma trempe. O que deveria, sexo. A porra devora a palavra não dita. Pudera, pudera: ah! - sensação de abandono.
Manhã
Ontem
o canto
da cotovia
esta manhã
: canto
de pardal
respingo
verão
porta aberta
boas vindas
a quem custa
chegar
Quarto
1.
A flor
Flor em
beirada de
janela
Bela
alguém
gritou
Falsa
responderam
de lá
2.
A insígnia
Aprender
o rio Elba
esquecer
a arte da
guerra
andar
nada a
dizer
3.
A geometria
Ano bom
passando
pela porta
da frente,
ano ruim
indo embo-
ra. Janela
ao lado
esquerdo
da casa
4.
A pedra
Desta casa
vai ficar a
memória
embora seja
assim a
pedra
silêncio e
manhã
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