GACY SIMAS
GACY SIMAS (Edylsia Simas), Carioca. Nació en Río de Janeiro (Brasil). Vive en Brasilia. Educadora. Licenciada en Filosofía. Escribe para niños, jóvenes y adultos. Directora de Eventos de la Academia de Letras de Brasil/DF y Directora de Literatura Infantil Sindescritores/ DF. Su nombre figura en diccionarios bibliográficos. Escribió historias para la revista de esperanto "Brasila Esperantisto". Tiene 20 títulos en portugués, español, esperanto y braille. Desarrolla varios tipos de conferencias y talleres que fomenten la lectura y la escritura literaria, para estudiantes, maestros, adultos mayores y otros profesionales.
ESPEJOS DE LA PALABRA / ESPELHOS DA PALAVRA 3 (POEMAS EN DOS IDIOMAS– POEMAS EM DOIS IDIOMAS) Org. Roberto Bianchi. Montevideo: aBrace editora, 2013. 120 p. Inclui os poetas brasileiros: Angela Togeiro, Brenda Mar(qu)es, Christina Hernandes, Claudio Márcio Barbosa, Clevane Pessoa, Dymythryus Padilha, Fátima Sampaio, Fernando Braga, Gacy Simas, Giselle Serejo, Kydia Mateos, Lucas Guimaraens, Marcelo de Oliveira Souza, Marco Llobus, Marcos Freitas, Maria Angélica Bilá Bernardes, Mariney Klecz, Neuza Ladeira,Nida Chalegre, Nilza Amaral, Nina Reis, Noralia de Melo Castro, Novais Neto, Oleg Almeida, Pedro Franco, Roberto Ferrari, Rodrigo Marinho Starling, Rozelene Furtado de Lima, Tânia Diniz e Tarcísio Pádua. Col. Bibl. Antonio Miranda
GlTANA
Me llaman gitana
no por nacimiento
por el espíritu indomable
que guardo
en el fondo del pecho.
Me reconozco gitana,
cuando leo la suerte
no por las manos,
por la mirada,
aunque no sea abierto o franco.
No puedo evitar
de ser quien soy
pero puedo no hablar...
Me cantan gitana,
y los cuatro vientos de la tierra
se unen en olas
ai centro.
Bailo
con mis pañuelos finos de seda
todos los colores del paraíso
se reconocen.
Llegará el tiempo
en que la gitana
que habita en mí
se revelará.
CIGANA
Chamam-me cigana,
não pelo nascimento
mas pelo espírito indômito
que guardo
no fundo do peito.
Reconheço-me cigana
quando leio a sorte
não pelas mãos,
mas pelo olhar
mesmo que não seja aberto ou franco.
Não posso evitar
ser quem sou
mas posso não falar...
Cantam-me cigana
e os quatro ventos da terra
se unem em ondas
ao centro.
Danço
com meus lenços finos de seda
e todas as cores do paraíso
reconhecem.
Chegará o tempo
em que a cigana
que habita em mim
se revelará.
EPITÁFIO
Para Roberta Doelinger
Cuando
críe alas.
Descanse mi carne
en cualquier lugar
estaré más viva
y feliz
en tu memoria.
EPITÁFIO
Para Roberta Doelinger
Quando
asas ganhar.
Repouse minha carne
em qualquer lugar
pois estarei mais viva
e feliz.
em tua memória.
PARALELO
Entre retas
e curvas inexistentes,
no espírito amistoso,
no misto de sua gente,
pulsa Brasília,
herança prometida.
Quem sonha
acorda Brasília.
Quem deseja
realiza Brasília.
Quem ama
transforma Brasília.
Poema transcrito da antologia “Brasilia: Vida em Poesia”, de Ronaldo Alves Mousinho.
No armário da vovó
Quando abro
o armário da vovó
há tanto que descobrir!...
Fotos antigas,
pelo tempo
envelhecidas.
Um leque espanhol,
amarelo como o sol.
Um colar encantador,
presente de um tal senhor.
Tem também
um broche de gatinha,
guardado numa caixinha.
Um pacote
de cartas seladas
e lembranças guardadas.
Em outra caixinha,
redondinha,
há agulhas pra costurar
e linhas pra acompanhar.
No armário da vovó
há tanto que descobrir!...
Coisas bordadas
e dobradas,
coisas diferentes,
atraentes.
Tantas coisas
com perfume
forte,
especial,
só dela,
sem igual.
Que mensagem hei de deixar?
Lutei para nascer
quando me diziam: "Neste mundo?"
Lutei para crescer
amamentada com água e farinha
Lutei para sobreviver
numa realidade hipócrita desigual.
Briguei para construir
onde nada existia além de lágrimas.
Briguei para modificar
onde Já haviam feito.
]Briguei para criar
uma nova realidade na terra atual.
Amei com o corpo todo
meu cavaleiro andante, errante.
Amei com a alma inteira
o secreto e o público por traz do sorriso.
Amei com o espírito infinito
o dia e a noite, o feio, o bonito contidos em um
Que mensagem hei de deixar?
Lutei!
Briguei
Amei!
Por isso vivo!
.
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