David de Medeiros Leite
Nació el 17 de junio de 1966, en Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Licenciatura en Administración de Empresas y Derecho. Título de postgrado en administración de empresas. Abogado y profesor de la Universidad del Estado de Rio Grande do Norte.
David de Medeiros Leite (Mossoró-RN, 1966). Advogado e professor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN. - Brasil
Doutor em Direito Administrativo pela Universidade de Salamanca – USAL, e Máster en Democracia y Buen Gobierno, pela mesma Universidade, é sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte – IHG-RN e do Instituto Cultural do Oeste Potiguar – ICOP, além de pertencer à Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Norte - AMLERN e à Academia Mossoroense de Letras – AMOL.
Publicou os seguintes livros:
• Companheiro Góis – Dez Anos de Saudades, Coleção Mossoroense, 2001;
• Os Carmelitas em Mossoró, Coleção Mossoroense, 2002 (em co-autoria com Gildson Souza Bezerra e José Lima Dias Junior);
• Ombudsman Mossoroense, Sebo Vermelho, 2003;
• Duarte Filho: Exemplo de Dignidade na Vida e na Política: Sarau das Letras, 2005 (em co-autoria com Lupércio Luiz de Azevedo);
• Incerto Caminhar, Sarau das Letras, 2009 (Premiado no II Concurso de Poesia em Língua Portuguesa, promovido pela Universidade de Salamanca – USAL e pela Escola Oficial de Idiomas de Salamanca – Espanha);
• Cartas de Salamanca, Sarau das Letras, 2011;
• Presupuesto Participativo en Municipios Brasileños: Aspectos Jurídicos y Administrativos. Editora Académica Española, 2012.
Pausa
A poeira da memória
A aridez do presente
O sol do porvir.
A encouraçada lida
Tece a vida
(Sem fina filosofia)
Amalgamando:
Jornadas
Agruras
Pausas
E sonhos...
Pausa
El polvo de la memoria
La aridez del presente
El sol del porvenir.
La acorazada faena
Teje la vida
(Sin fina filosofía)
Amalgamando:
Jornadas
Agrideces
Pausas
Y sueños...
(Traducción del Autor)
Sinestesia
As imagens (agradáveis)
do sonho colorido,
despertam sentimentos
que dormitavam
na memória.
As recordações, recostadas
nas fímbrias do coração,
suscitam sonhos,
avivando lembranças.
Sinestesia
Las imágenes (agradables)
del sueño colorido,
despiertan sentimientos
que dormitaban
en la memoria.
Los recuerdos, recostados
en las cenefas del corazón,
suscitan sueños,
avivando remembranzas.
(Traducción del Autor)
Rota do sol
Brilha
- iluminando estradas -
queimando limpas peles.
Arde
- nos rostos que caminham -
chamuscando brancos pensamentos.
Abriga-se
- desenhando um lusco-fusco -
no peito que abrasa.
Ruta del sol
Brilla
- alumbrando caminos -
bronceando limpias pieles.
Arde
- en los rostros que caminan -
quemando blancos pensamientos.
Se recoge
-dibujando turbiedad-
en el pecho que abrasa.
(Traducción del Autor)
Chuva
Gotas translúcidas
que encantam e correm,
mensageiras de dor e de alegria...
Cultivam vida, saudades e amores.
Lluvia
Gotas translúcidas
que encantan y corren,
mensajeras de dolor y de alegría...
Cultivan vida, añoranzas y amores.
(Traducción del Autor)
Incerto caminhar
Na mesma estrada longa e sinuosa,
seguindo por estorvos, descaminhos
- ao lado a companhia generosa -,
agruras transformadas em carinhos.
A estrada, que se faz ida e retorno,
transporta realidade e desvario.
Há vida no seu leito e em seu entorno,
assim como no curso de algum rio.
Também há o andarilho solitário,
disperso em seu mundo sempre errante,
sem data, sem agenda, sem horário.
A estrada é esta vontade de chegar...
E é o passo que transforma a todo instante
a vida num incerto caminhar.
Tudo passa
Pela janela do trem, rápida a vida passa...
...
Uma triste jovem
passa.
Arando a terra, o homem
passa.
Uma flor, no humilde jardim,
passa.
Grávida, a mulher
passa.
Uma criança brincando
passa.
Descuidada, uma escola
passa.
Em um riacho que
passa
cantando, a lavadeira
passa.
...
Levando a vida,
um enterro também passa...
Todo pasa
Por la ventanilla del tren, rápida la vida pasa…
Una triste joven
pasa.
Arando la tierra, el hombre
pasa.
Una flor, en el humilde jardín,
pasa.
Encinta, la mujer
pasa.
Un niño jugando
pasa.
Descuidada, una escuela
pasa.
En un riachuelo que
pasa
cantando, la lavandera
pasa.
Llevando la vida,
un entierro también pasa...
(Traducción del Autor)
Púrpuras tardes
No silêncio turvo e gélido,
espelhos e sorrateiros passos melódicos,
fundem-se em enigmática noite.
Serenata indesejada à janela,
assobios de ventos são augúrios
a arrepiar a epiderme da madrugada.
Com gotas de claridade,
vaga-lumes,
sintagmas-luzes,
ponteiam o manto negro
do cio da escuridão.
E surgem
murmúrios de brisa
a balançar o escuro véu,
soprando vida,
despedaçando a solidão,
em tímidos veios de cor.
O dia avança,
com a liberdade de um condor,
sabendo que outra vez morrerá.
Púrpuras tardes,
prelúdios e presságios,
que outros passos e espelhos
urdirão de mistérios
outras noites sem estrelas...
Púrpuras tardes
En el silencio turbio y gélido,
espejos y astutos pasos melódicos
se funden en enigmática noche.
Serenata indeseada en la ventana,
silbidos de vientos son augurios
erizando la epidermis de la madrugada.
Con gotas de claridad,
luciérnagas,
sintagmas-luces,
puntean el manto negro
del celo de la oscuridad
Y surgen
murmullos de brisa
balanceando el oscuro velo,
soplando vida,
despedazando la soledad,
en tímidas rayas de color.
El día avanza,
con la libertad de un cóndor,
sabiendo que otra vez morirá.
Púrpuras tardes,
preludios y presagios,
que otros pasos y espejos
urdirán de misterios
otras noches sin estrellas...
(Traducción del Autor)
Mulheres do Rio do Fogo
Existe um encontro diário entre o mar
e as mulheres do Rio do Fogo.
O mar oferece algas marinhas,
as mulheres as buscam na praia.
Pela praia, elas seguem catando
as algas e cantando mágoas.
O mar responde
com o murmúrio das ondas.
A música delas fala da vida,
de seus problemas e dilemas.
A sinfonia do mar é acalanto.
As algas são importantes para as mulheres.
As mulheres são vitais para o mar.
Dia após dia, maré após maré,
o mar não descansa,
e as mulheres não cansam.
As mulheres tiram
das águas seus sustentos.
O mar recebe, em troca,
a companhia amiga.
Algumas esperam, na mesma praia,
que o mar devolva seus companheiros.
E eles voltam, crestados pelo sol,
com peixes e saudades.
Chamam-nas "marisqueiras".
Marisqueiras da praia do Rio do Fogo.
Mas, em verdade, em verdade,
elas são mulheres! Mulheres valentes!
Mulheres do Mar, do Rio, do Fogo.
Mujeres de Río del Fuego
Existe un encuentro diario entre el mar
y las mujeres de Río del Fuego.
El mar ofrece algas marinas,
las mujeres las buscan en la playa.
Por la playa, siguen escogiendo
las algas y cantando pesares.
Y el mar contesta
con el murmullo de las olas.
La música de ellas habla de la vida,
de sus problemas y dilemas.
La sinfonía del mar es arrullo.
Las algas son importantes para las mujeres.
Las mujeres son vitales para el mar.
Día tras día, marea tras marea,
el mar no descansa,
y las mujeres no se cansan.
Las mujeres sacan
de las aguas su sustento.
El mar recibe, a cambio,
la compañía amiga.
Algunas esperan, en la misma playa,
que el mar devuelva a sus compañeros.
Y ellos vuelven, curtidos por el sol,
con peces y añoranzas.
Las llaman “marisqueras”.
Marisqueras de la playa de Río del Fuego.
Pero en verdad, en verdad,
¡son mujeres! ¡Mujeres valientes!
Mujeres del Mar, del Río, del Fuego
(Traducción del Autor)
Incerto caminhar
Na mesma estrada longa e sinuosa/
seguindo por estorvos, descaminhos
- ao lado a companhia generosa -,
agruras transformadas em carinhos.
A estrada/ que se faz ida e retorno,
transporta realidade e desvario.
Há vida no seu leito e em seu entorno,
assim como no curso de algum rio.
Também há o andarilho solitário,
disperso em seu mundo sempre errante,
sem data, sem agenda, sem horário.
A estrada é esta vontade de chegar...
E é o passo que transforma a todo instante
a vida num incerto caminhar.
Incierto caminar
En la misma carretera larga y sinuosa,
salvando estorbos y dificultades,
- al lado la compañía generosa -
amarguras transformadas en cariños.
La carretera, que se hace ida y retorno,
transporta realidad y desvarío.
Hay vida en su cauce y en su entorno,
así como en el curso de un río,
También está el caminante solitario,
absorto en su mundo siempre errante,
sin fecha, sin agenda, sin horario.
La carretera es esta voluntad de llegar...
Y es el paso que transforma a todo instante
la vida en un incierto caminar.
Alpendre
Manhã cedo,
o sol preguiçoso.
À tarde,
a visita e o cheiro
(gostoso)
do café coando.
À noite,
o namoro casamenteiro
alumiado por vaga-lumes.
Soportal
Por la mañana temprano,
el sol perezoso.
Por la tarde,
la visita y el olor
(placentero)
del café recién hecho.
Por la noche,
el encuentro de los prometidos
alumbrados por las luciérnagas.
Empedernir
Escuto a pancada do bate-estaca,
sinto a cadência do coração.
Alicerces díspares
petrificam sentimentos,
sedimentam pensamentos.
Amálgama de sangue, cimento,
calcário e sofrimento.
Mistura de dores, artefatos/
sonhos e mosaicos.
Tijolos, ilusões.
Construções.
Desabamentos.
Endurecerse
Escucho el golpe del martillo,
siento la cadencia del corazón.
Cimientos dispares
petrifican impresiones,
sedimentan pensamientos.
Amalgama de sangre, cemento,
cal y sufrimiento.
Mezcla de dolores, artefactos,
sueños y mosaicos.
Ladrillos, ilusiones.
Construcciones.
Desmoronamientos.
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