NYDIA BONETTI
Nydia nació en Piracaia Bonetti, São Paulo, BRASIL en 1958, donde reside actualmente.
Ingeniero civil y poeta, publicando su trabajo en "longitudes" y "Cantus Minimus", los blogs antes citada. Tiene poemas publicados en el Diario Zunái, germina Literatura, cronopios Portal y otros sitios culturales y literarias. Cree en la poesía como traducción de "devoción hacia adentro", mucho más allá de cualquier manifestación intelectual. Cultiva la vida sencilla y sigue al pie de la montaña, el río, en busca de la flor. Como bien.
Blogue: http://nydiabonetti.blogspot.com/
e http://nydiabonetti.wordpress.com/
El guardián del fuego
hoguera
de palos en el cielo
sopla
el guardián del fuego
conoce
las noches del desierto
sabe
también del sol y la miel
las chispas son estrellas
lamparillas
(porque aún es San Juan)
Traducción de Santiago Aguaded Landero
o poeta mergulha
no inferno do seu mundo real
e silencia
quando voltar
ao paraíso inventado
(em cápsulas)
o poema retorna
com suas verdades
sempre tão relativas
(precárias)
a durar o tempo do espanto
dos olhos
quero ir para maio
maio já não há
e agora?
espero por setembro
onde a vida renasce
e vive
outra vez para sempre
1.
brancos
os tigres me observam
não sabem
se me lambem ou me devoram
os tigres da memória
2.
fogo apagou — gritava o pássaro
da minha infância
pressagiando as cinzas
que viriam
3.
Bashô Leminski
- eo meu haicai
não sai
4.
há muito deixei de contar
os livros que li
(vaidades)
prefiro contar estrelas
passarinhos no fio
voares
lírios e pedras roladas
na beira do rio
delírios
rajadas de vento
amoras
5.
como uma velha louca
sai à rua
todos os dias
(catadora de papel)
em busca
do poema perdido
6.
cava fundo no peito
tenta encontrar
a palavra escondida
é preciso ir além
da epiderme
dilacerar a carne
romper nervos e veias
ver transpassado
o bruto
coração
7.
pretos
pousam pássaros
no fio
desencapado
dos meus nervos
8.
tenho pena do goleiro
patética figura (tão humana)
sempre à espera
do que não pode ser
eternamente
contido
9.
miúda e vermelha pende
pro lado em que o vento
flor
10.
maçãs repousam dentro de nós
: eo rubro tom na vidraça
e de repente
a paz — das águas do lago
mergulha em mim
: inteira
11.
assim então, dentro de mim
nasce um poema
enquanto outro morre
moto perpétuo
roda d'água
que move a lâmina
que faz serrar a pedra (bruta)
e faz brotar a flor
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