Jussara Salazar nació en Pernambuco, Brasil, en 1959. Es poeta y artista plástica.
Realiza exposiciones de esculturas y objetos y produce artesanalmente libros -objeto de pequeñas tiradas. Algunos de esos libros son Planctum, Da Fábula das Coisas, Inscritos da Casa de Alice.
Poeta e artista plástica. Publicou os livros Inscritos da Casa de Alice (1999), Baobá, Poemas de Leticia Volpi (2002), Natália (2004) e Coloraurisonoros (Buenos Aires, 2008). Faz parte de Dedo de moça — uma antologia das escritoras suicidas (São Paulo: Terracota Editora, 2009). Publicou também sua poesia em várias revistas e antologias brasileiras e internacionais. Edita a revista eletrônica de arte e literatura Lagioconda7 . Em 2009, recebeu a Bolsa Funarte de Criação Literária com o livro Cantigas da Árvore Votiva.
Os anões
como quasímodos
quase gentes ao espelho ao cada um
nalgum do canto em torno de
um cá a casa das rosas na casa
dos sonhos diminutos duo
entes que entrepasseiam tour
o tempo pelo tempo giram
suas vestes vozes de veludo
pia-máter vez do zero ser do ater
liliput pôs se então do sol
ao plexus.
Los enanos
Como cuasimodos
Cuasi gentes al espejo al cada uno
Dos sueños diminutos duo
el tiempo por el tiempo giran
sus vestidos voces de terciopelo
pria-mater vez del cero ser del cerco
liliput se pone entonces del sol
al plexo
1º arcano
Lânguido ex
treme como
solo,
leve e áureo.
Só osso imerso
desse,
quase praxis
cismo.
2º arcano
vértigo
de seis choveu
as quatro
pautas no vício, no
olho
vesgo do qual é verme
ar, estrela minar
o azul do visgo
3º arcano
a seiva dá
palavra
a sumo, o pulso
espuma
e os dentes todos
sonham.
1° arcano
Lánguido ex
treme como
suelo,
leve y áureo.
Sólo hueso inmerso
de ese
cuasi praxis
cismo.
2° arcano
Vértigo
de seis llovió
las cuatro
pautas en el vicio, en el
ojo
bizco del cual es verme
aire, estrella minar
el azul del musgo
3° arcano
La savia de la
palabra
a zumo, el pulso
espuma
los dientes todos
sueñan.
Retrato de Juana Inés de la Cruz
ela colhe as horas
encolhem
o jardim
nas flores e a noite
não finda
e cega os dias
belos
na escuridão
que ela colhe são
estrelas rutilantes
- vagares em águas -
aquelas, do primero sueño
despétalas ao relógio
o olho mudo
- tudo, serão horas ainda?
Retrato de Juana Inés de la Cruz
ella recoge las horas
encogen
el jardín
en las flores y la noche
no acaba
y ciega los días
bellos
en la oscuridad
que ella recoge santidad
estrellas rutilanes
-vagares en aguas -
aquéllas, del primero sueño
despétalas al reloj
el ojo mudo
- todo, serán horas entonces?
A campánula (poema cego)
vergar ao som só
não toar o sem tons
apalpar o ar do
eco a desver-ouvir
e enxergar no silêncio
o redito.
La campánula (poema ciego)
Doblar al son sólo
no entonar lo sin tonos
palpar el aire del
eco a desver-oir
y entrever en el silencio
el rédito.
Traducción de Romina E. Freschi
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