miércoles, 26 de febrero de 2014

ANTÓNIO CORREIA DE OLIVEIRA [11.090]


Antonio Correia D'Oliveira

(Portugal, 1878-1960)
Poeta portugués que nació en Sao Pedro do Sul en 1878 y falleció en Esposende en 1960. Tras pasar por el seminario, se instaló en Lisboa, donde trabajó como periodista para el Diário Ilustrado. Colaboró en varias revistas poéticas, como A Águia, Atlântida, Ave Azul y Seara Nova; de forma individual, publicó varios libros de poesía, como Ladainha (1897), Eiradas (1899), Cantigas (1902), Raiz (1903), Ara (1904), Tentações de S. Frei Gil (1907), Elógio dos Sentidos (1908), Alma Religiosa (1910), Dizeres do Povo (1911), Romarias (1912), A Criação. I. Vida e História da Árvore (1913), A Minha Terra (1915-1917), Na Hora Incerta (Viriato Lusitano) (1920), Verbo Ser e Verbo Amar (1926), Mare Nostrum (1939), História Pequenina de Portugal Gigante (1940), Aljubarrota ao Luar (1944), Saudade Nossa (1944), Redondilhas (1948) y Azinheira em Flor (1954). Fue un gran representante del saudosismo, una actitud humana ante el mundo, que tiene como base la saudade, considerada como el gran elemento espiritual definidor del alma portuguesa.






Amar a los demás

Qué hermosa revolotea la abeja, 
alegre y ansiosa,hacia la vela encendida.
Qué hermoso sienten los sentidos 
al áureo sol, al misterio que circuncida
la vida. 





El perfume

¿Qué soy? Los hombres dicen
lo que soy, una sombra de la luz
que se evade, libertad en cautiverio,
sueño de verdad y vida, recuerdo y
nostalgia. 






La patria

Siembra árboles a lo largo
del camino, aves de abril
que componen el nido, que
la tierra sea fructífera y 
bella, un jardín en el que todos
tienen un lar y un alma. 








A DESPEDIDA

Três modos de despedida
Tem o meu bem para mim:
- «Até logo»; «até à vista»:
Ou «adeus» – É sempre assim.

«Adeus», é lindo, mas triste;
«Adeus» … A Deus entregamos
Nossos destinos: partimos,
Mal sabendo se voltamos.

«Até logo», é já mais doce;
Tem distancia e ausência, é certo;
Mas não é nem ano e dia,
Nem tão-pouco algum deserto.

Vale mais «até à vista»,
Do que «até logo» ou «adeus»;
«À vista», lembra, voltando,
Meus olhos fitos nos teus.

Três modos de despedida
Tem, assim, o meu Amor;
Antes não tivesse tantos!
Nem um só… Fora melhor.






O PERFUME

O que sou eu? – O Perfume, 
Dizem os homens. – Serei. 
Mas o que sou nem eu sei... 
Sou uma sombra de lume!

Rasgo a aragem como um gume 
De espada: Subi. Voei.
Onde passava, deixei
A essência que me resume.

Liberdade, eu me cativo: 
Numa renda, um nada, eu vivo 
Vida de Sonho e Verdade!

Passam os dias, e em vão! 
– Eu sou a Recordação; 
Sou mais, ainda: a Saudade.







PELA PÁTRIA

Ouve, meu Filho: cheio de carinho,
Ama as Árvores, ama. E, se puderes,
(E poderás: tu podes quanto queres!)
Vai-as plantando à beira do caminho.

Hoje uma, outra amanhã, devagarinho.
Serão em fruto e em flor, quando cresceres.
Façam os outros como tu fizeres:
Aves de Abril que vão compondo o ninho.

Torne fecunda e bela cada qual,
a terra em que nascer: e Portugal
Será fecundo e belo, e o mundo inteiro.

Fortes e unidos, trabalhai assim...
- A Pátria não é mais do que um jardim
Onde nós todos temos um canteiro.




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