lunes, 19 de enero de 2015

RUBENS RODRIGUES TORRES FILHO [14.533] Poeta de Brasil



RUBENS RODRIGUES TORRES FILHO

(Botucatu, São Paulo, Brasil  1942)


1972 Doctor en Filosofía de la Universidad de París I / Universidad de São Paulo. 
Profesión: El espíritu y la letra. La crítica de la pura imaginación, en Fichte. 
1967 Maestros, Universidad de São Paulo. 
Profesión: La finitud del yo en primera filosofía de Fichte 
1965 Licenciado en Filosofía por la Universidad de São Paulo

Línea de Investigación:
Historia de la Filosofía Moderna (alemán filosofía clásica) 

Publicaciones 

2004 Ensaios de filosofia ilustrada, 2a edição (1a edição 1987) 
1997 Novolume (poesia reunida) 
1981 O vôo circunflexo (poesia) 
1975 O espírito e a letra. A crítica da imaginação pura, em Fichte. 

Traducciones:

1988 Novalis, Pólen: fragmentos, diálogos, monólogo. 
1987 Benjamin, Rua de mão única. 
1981 Arantes, Hegel: a ordem do tempo. 
1978 Fichte, A doutrina-da-ciência de 1794 e outros escritos. 
1978 Schelling, Escritos filosóficos. 
1975 Nietzsche, Obras incompletas. 
1975 Adorno, Discurso sobre lírica e sociedade. 
1974 Kant, “Primeira introdução à Crítica do Juízo”; “Analítica do belo”; “Da arte e do gênio”.




Rubens Rodrigues Torres Filho
(Traducción de Diego Alcázar Díaz)



A ela adormecida

Lento navio de teu corpo
dormindo a parte voltada
                            para dentro.
Teu sono digere a noite

e a outra metade espera
tal qual laranja cortada.
Arco-íris ao contrário,
todas as cores são bege.

Mesmo que tivesses asas
não dormirias tão largo,
em tal ausência.
Giras em torno das voltas
que te giram em torno. Entornas
a âncora das viagens
que te desenham na água.

Maravilhoso perigo
de tua forma precária.




Ella duerme

Lento navío de tu cuerpo
durmiendo la parte volteada
                           para adentro.
Tu sueño digiere la noche

y la otra mitad espera
tal como naranja cortada.
Arco iris al contrario,
todos los colores son beige.

Aunque tuvieras alas
no dormirías tanto,
en tal ausencia.
Giras en torno a las vueltas
que te giran en torno. Entornas
el ancla de los viajes
que te delinean en el agua.

Maravilloso peligro
de tu forma precaria.




Happy beginning

Nesse mesmo instante
nossos lábios se uniram
por si mesmos
e ela já me murmurava entrebeijos: — Sinto
que vamos nos amar (no sentido figurado) agora mesmo.




Happy beggining

En ese mismo instante
nuestros labios se unieron
por sí mismos.
y ella ya me murmuraba entre besos: — Siento
que nos vamos a amar (en sentido figurado) ahora mismo.




Cá, entre nós

Você me olhou. Só que isso,
você já sabe, me deixa gago,
                                                   embaraçado.
Feito a meada de que perco o fio.
Quanto mais encontrar agora a frase certa
e alerta
para tocar-te, sem perder o humor. Como acertar
o gesto, o dito que entre nós estabeleça
aquela transparência de corações
que seria algo tão bom, tão oportuno
neste momento, para algum
dos dois?




Acá entre nos

Tú me miraste. Sólo que eso,
tú ya sabes, me deja tartamudo,
                                                        abochornado.
Hecho la madeja de la que pierdo el hilo.
Cuanto más encontrar ahora la frase cierta
y alerta
para tocarte, sin perder el humor. ¿Cómo acertar
el gesto, el dicho que entre nosotros establezca
aquella transparencia de corazones
que sería algo tan bueno, tan oportuno
en este momento, para alguno
de los dos?

                                                           de Poros (1989)




O xis da dêixis

Aqui e agora
o now e o here
formam meu pícolo nowhere.
–Onde é aqui?– implora agora
(ambíguo umbigo) o que é.
Aqui soçobra
este now frágil.
E agora, no fondo
do poço, José?




La equis de la deixis

Aquí y ahora
el now y el here
forman mi pícolo nowhere.
– ¿Dónde es aquí? – implora ahora
(ambiguo ombligo) lo que es.
Aquí zozobra
este now frágil.
¿Y ahora, en el fondo
del pozo, José?




Athanasio Bar

–Uma porção de ambrosia
e uma caneca de néctar. No capricho,
Ganimedes! (Na ilusão
de parecer
freguês antigo
chamei o garçom pelo nome.)




Athanasio Bar

–Una porción de ambrosía
y una taza de néctar. ¡Bien servido,
Ganimedes! (En la ilusión
de parecer
parroquiano antiguo
llamé al mesero por su nombre.)

                                                       de Retrovar (1993)







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