viernes, 6 de septiembre de 2013

ANTONIO CARLOS CORTEZ [10.472]


Antonio Carlos Cortez

(Portugal, 1976)
Antonio Carlos Cortez vive en Lisboa, donde es profesor de Inglés y Literatura. También es un crítico literario en periódicos y revistas literarias. Actualmente se está preparando un doctorado en Inglés Poesía Contemporánea.
Libros de poesía desde el año 2000: Un barco en el río (2002), The Shadow Out the Dead (2004), À Flor da Pele (2008) A partir de diciembre (2010)

"La poesía de Antonio Carlos Cortez surge de la meditación lírica, del" arte del cultivo de espíritu ", o de la yuxtaposición de las imágenes recortadas de asuntos míticos, de la pérdida de amor. Podría quizás ser la metafísica Dada nombre metáfora, en su escrito, al tiempo y la memoria. En el desierto de la experiencia, la dualidad se hace de una inestabilidad esencial: un espejo roto entre la sombra y el sol. Esta inestabilidad podría ser la componente de materia-como la de la escritura clásica de alguna manera subvertedly Qué se pregunta acerca de los límites de lo ilimitado '.
[Ana Marques Gaston]






Playa

A veces es de hecho muy temprano
y las olas dicen todo sin decir
y la sed aprieta el corazon y el cuerpo
como cuando una cuerda en la garganta
parece que aprieta y no es
ni cuerda ni dedos pero apenas
la desesperada lengua no llega
para decir que aún es muy temprano
para todo lo que entre nosotros no pasó.
Las arenas
En las arenas escribiste tu huella
y fui las arenas que pisaste
y ahora que te vas como una sombra
en las aguas que se van luego de volver a tierra
cómo piensas que desaparecerán tus marcas.

(Traducción: Irving Berlín/A.B)





POESIA REALISTA

É esta a rua
O rio da vida
A vida tua

Quem por demasiado
tempo se entregou
ao exercício

de escrever
como quem morre
e quer viver

saberá um dia
se foi de verdade
amado?

Não é a escrita
essa rede realista
que agarra a vida

nas malhas de fogo
ou no trânsito do cianeto?
Quem escreve saberá

que escrevendo prolonga
o dia acabado
em mais uma noite

longa como
corpo esgotado?






AFTER THE FLESH

It's after the flesh
That the bones hurt
And the face
Recovers from fatigue
And from memories
After the flesh
When our fingers meet
We know the most real faces
That inhabit us
Are those of others.

© Translated by Ana Hudson, 2011




DEPOIS DA CARNE

Depois da carne
É que os ossos se magoam
E o rosto
Recupera da fadiga
E das memórias
Depois da carne
Quando os dedos se encontram
Sabemos que são outros
Os rostos mais reais
Que nos povoam.

in À Flor da Pele , 2008







I believe in the word...

I believe in the word
Its rugged stone its surface
Star as unnamable as fire
I believe in its shadow
Its singular measure
Its exact circumference as it burns
In life with its urban animals
Animals vanishing in the verb's darkness
To believe in the infinite swamp of its sport
And not dwell in uncertain blindness
Poetry surrendering to literal reality
Absent from the piercing life
I believe the word, its secret light
Between its making and its telling as it is read






A palavra eu acredito nela…

A palavra eu acredito nela
Na sua pedra rugosa na sua superfície
De astro inominável como o fogo
A palavra eu acredito na sua sombra
Na sua medida singular
Na sua circunferência exacta quando arde
Na vida com seus animais urbanos
Evolando-se os animais no verbo escuro
Acreditar no infinitivo lodo do seu jogo
E não permanecer na sua cegueira incerta
A poesia quando se rende ao real literal
Ausente da vida que a perfura
A palavra eu acredito nela e na sua luz secreta
Entre o seu fazer e o ser dita na leitura

© Translated by Ana Hudson, 2011

in A Sombra no Limite , 2004





because there is this rhythm of lights...

because there is this rhythm of lights
on the boat crossing between the poem's margins
the words search for secret places
to name the world destroyed
by the lack of meaning in meaning
the poem is a boat on the river
to nowhere
amongst boats you remember the rhythms
and the first return voyage to the
neutral territory of the city as unresponsive
to the poem as a lunar landscape
it's time in the poem to go back





porque existe este ritmo de luzes...

porque existe este ritmo de luzes
no barco que atravessa as margens do poema
as palavras procuram lugares secretos
para nomear o mundo destruído
pela falta de sentido no sentido
o poema é um barco no rio
para lugar algum
relembras por entre barcos os ritmos
e a primeira viagem de regresso para o
território neutro da cidade insensível
ao poema como geografia lunar
é tempo no poema de voltar.

© Translated by Ana Hudson, 2011

in Um Barco no Rio , 2002


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