viernes, 11 de diciembre de 2015

SÉRGIO VIEIRA [17.738] Poeta de Mozambique


SÉRGIO VIEIRA 

Poeta mozambiqueño y político, Sergio Vieira nació en 1941 en Tete (Mozambique). Licenciado en ciencias políticas, desde muy temprana edad se convirtió en un activista político. Durante los estudios universitarios en Lisboa, estaba estrechamente asociado con las actividades culturales de la Casa dos Estudantes do Império (CIS) y luego en el exilio en Dar es Salaam (Tanzania), dirigió el Departamento de Educación y Cultura del FRELIMO. Después de la independencia de su país, se desempeñó como Gobernador del Banco de Mozambique y Ministro del Interior.


En cuanto a su actividad literaria, colaboró ​​en algunos periódicos y revistas como el Journal of Angola y a Mensagem (CIS), también publicó Memoria del Pueblo (Memória do Povo 1983) y está incluido en varias antologías de poesía, como poetas Mozambique (1962) Breve Antología de Poesía Mozambique (1967), Poesía  de Combate (1977), Ritmo dos Tantãs (1991).

Poeta e político moçambicano, Sérgio Vieira nasceu em 1941, em Tete (Moçambique).Licenciado em Ciências Políticas, desde jovem se tornou activista político. Durante os estudos universitários, em Lisboa, esteve estreitamente associado às actividades culturais da Casa dos Estudantes do Império (CEI) e, depois, exilado em Dar-es-Salam (Tanzânia), dirigiu o Departamento de Educação e Cultura da FRELIMO. Após a independência do seu país, exerceu o cargo de Governador do Banco de Moçambique e o de Ministro da Administração Interna.

Quanto à sua actividade literária, colaborou em alguns jornais e revistas, como o Jornal de Angola e a Mensagem (CEI), publicou também Memória do Povo (1983) e está incluído em várias antologias de poesia, tal como Poetas Moçambicanos (1962), Breve Antologia da Poesia de Moçambique (1967), Poesia de Combate (1977), No Ritmo dos Tantãs (1991).



ALBORADA

(um canto de confianza)

Sobre tí,
         con la sangre
         y la tristeza que nació en nosotros,
desciende la luz del día que se hace.
Como muere en la tierra la vida,
         para que nuevas vidas germinen al sol,
como se entrega crepitando al fuego
         la rama fuerte del árbol,
si,
                   vida y calor,
         grito nuevo de esperanza,
llegas tu, en el misterio del dolor.
Y aún doloridas
te ofreceremos nuestras manos trabajadoras,
rojas y tristes
         te entregaremos nuestros ojos vigilantes,
mil veces serán tuyas,
en el grito nuevo y colosal
         como el hondear de la bandera que izaste:
                  La lucha continúa

y sobre ti,
con la tristeza de la maña de Febrero,
         con la esperanza del Sol naciente,
         con la fuerza inmensa de la vida
         que cresce em el vientre de la mujer,
sobre ti,
         desciende la confianza del partido y del pueblo.
A ti,
         reivindicamos la purificación y venganza
         que nuestro sentido de justicia exige,
         queremos un fuego aún mayor
         que al agitarse las olas del Índico
         respondan los cañones de la esperanza,
         que el Limpopo transporte convulsivas
         las carcasas de puentes,
         que el Zanzebe se transforme em Rovuma del Maputo
y tu mensaje
         haga de nosotros ciclón devastador del enemigo.
Y queremos
         en el amor que te damos,
         en la fe en que te envolvemos,
que nos transportes al futuro
y hagas de la esperanza realidad.
Es necesario que el rojo de las plantas
         grite alegría en la patria
         y la sangre se convierta solo en recuerdo.

A la Patria que él nos dejó
         debes añadir la revolución que la bomba
         dejó incompleta
y de nuestro grito
         Independencia o muerte
queremos construí
         la realidad del
         Venceremos. 




Traducción de XOSÉ LOIS GARCÍA 
Poemas publicados originalmente en la revista HORA DE POESIA, n. 19-20, Barcelona, sin fecha. Ejemplar cedido para la Biblioteca Nacional de Brasilia por Aricy Cuvello, y la reproducción con la debida anuência del traductor.



ALVORADA

(um canto de confiança)

Sobre ti,
com o sangue
         e a tristeza que nasceu em nós,
desce a luz do dia que se faz.
Como morre na terra a vida,
         para que outras vidas germinem ao sol,
como se entrega crepitando ao fogo
         o ramo forte da árvore,
assim,
vida e calor,
grito novo de esperança,
chegas tu, no mistério do luto.
E ainda doloridas
         te oferecemos as nossas mãos trabalhadoras,
         vermelhos e tristes
         te entregaremos os nossos olhos vigilantes,
e as nossas vidas de combatentes
mil vezes serão tuas,
no grito novo e enorme
         como o flutuar da bandeira que içaste:
                   A luta continua

e sobre ti,
         com a tristeza de manhã de Fevereiro,
com a esperança do Sol que nasce,
com a força imensa da vida
que cresce no ventre da mulher,
sobre ti,
         desce a confiança do partido e do povo.
 A ti,
         reivindicamos a purificação e vingança
         que o nosso sentido de justiça exige,
         queremos um fogo ainda maior
         que ao marulhar das ondas do Índico
         respondam os canhões da esperança,
         que o limpopo transporte convulsivas
         as carcaças de pontes,
         que o Zambebe se transforme em Rovuma de Maputo
e a tua mensagem
         faça de nós ciclone devastando o inimigo.
E queremos
         no amor que te damos,
         na fé em que te envolvemos,
que nos transportes ao futuro
e faças da esperança das buganvílias
         grite alegria na pátria
         e o sangue se torne apenas recordação.
À Pátria que ele nos deixou
         deves acrescentar a revolução que a bomba
         deixou incompleta
e de nosso grito
         Independência ou morte
queremos construída
         a realidade do
                   Venceremos 








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