ALBERTO LINS CALDAS
De Gravatá, Pernambuco, Brasil, donde nació en 1957.
Publicó los poemarios: “Cacimbas” (Edições Pirata, Recife, 1982), “No Interior da Serpente” (Pindorama, Recife, 1987). Minos (Ibis Libris, 2011), De corpo presente (Ibis Libris, 2013) e 4x3 Trílogo In Traduções (Ibis Libris, 2014), com Tavinho Paes e J J de Melo Franco y "a perversa migração das baleias azuis" (Ibis Libris, Rio de Janeiro, 2015).
Es autor de los libros de cuentos: “Babel” (Revan, Rio de Janeiro, 2001), “Wyk” (Bagaço, Recife, 2007), “Gorgonas” (Companhia Editora de Pernambuco, Recife, 2008).
Ha publicado la novela: “Senhor Krauze” (Revan, Rio de Janeiro, 2009).
Publicó libros de ensayos: como “Oralidade, Texto e História” (Loyola, São Paulo, 1999), “Nas Águas do Texto” (Edufro, Porto Velho, 2001), “Litera Mundi” (Edufro, Porto Velho, 2002), “Oligarquia das Letras” (Terceira Margem, São Paulo, 2005).
Es editor de la revista digital “Zona de Impacto”. É autor de livros digitais online como “Enfrentar o Horror”, sobre literatura. É autor do roteiro do curta “O número” dirigido por Beto Bertagna. Fundador do grupo informal “Poetas da Rua do Imperador”, no Recife-PE, e do “Movimento Madeirista” em Porto Velho-RO.
eremitas
● esse foi um bom inverno pros eremitas ●
● mas com certeza esse não foi um inverno ●
● dos melhores pra todos nos da aldeia ●
● não so a guerra passou por aqui ●
● deixando vivos os generais e dizimando ●
● milhões de soldados e quase toda nossa gente ●
● mas com ela veio a fome a peste e o silencio ●
● porisso eu repito q esse foi o paraiso ●
● perfeito pros eremitas q não viram ●
● nem desejaram ver nem podiam ver nada disso ●
● acontecer em suas cavernas e muito menos ●
● as covas rasas cheias de mortos ●
● mortos largados entre arvores apodrecendo ●
● mortos pelas ruas destruidas e os cães ●
● e os gatos e todos os ratos mortos ●
● ver a fome porq eles vivem da fome eles roem ●
● a todo momento a fome eles ruminam a fome ●
● eles devoram toda especie de silencio ●
● quanto a nos ficamos assim reduzidos ●
● a esses pobres idiotas devorando batatas ●
● mofadas raizes duras de madeira brava e alho ●
● com ratos mortos com gatos mortos com cães ●
● mortos e com nossos mortos pelas ruas ●
● pelos campos nas casas em ruinas ●
● a guerra so passou por aqui e não sabemos ●
● q guerra é essa q guerra foi essa guerra ●
● sabemos sim da fome da peste e da guerra ●
● so depois disso tudo é q o silencio passou ●
● a existir essa coisa viscosa entre ruinas ●
● q os eremitas degustam sem saber ●
● o bom disso tudo é q desde cedo ●
● como se fossem moscas aos milhões ●
● nossos amigos rodeiam os restos da aldeia ●
● são eles q chegam pra nos salvar ●
● limpar essas ruas curar os feridos demais ●
● enterrar os mortos explicar tudo isso ●
● temos certeza q nossos amigos chegaram ●
● pra curar as feridas chegaram pra conversar ●
● chegaram com comida quente e roupa limpa ●
● sim são os amigos e confiamos nisso ●
● enquanto o dia vai passando nesse silencio ●
● como se o silencio fosse uma faca ●
tres pequenas ficções
anões
● sabemos todos nos o q o gigante ●
● pode e vem fazendo com nossa cidade ●
● como se fossemos um bando de ratos ●
● toda noite nossos filhos e filhas ●
● toda tarde nossos cães e gatos ●
● toda manhã nossas mulheres ●
● nos os grandes guerreiros da cidade ●
● nos fins de semana e feriados ●
● com dentes e garras afiados demais ●
● não podemos contar nem com deus ●
● nem com o governo nem com as leis ●
● não podemos contar nem conosco ●
● deus porq nada faz nem nada diz ●
● o governo ja foi comido e nada quis ●
● nos porq tamos sendo comidos ●
● resta tão pouco de nos e tão pouco ●
● q não podemos mais nem conversar ●
● porq a voz bate assim nessas ruinas ●
● dificil mesmo não é tudo isso ●
● mas morrer sabendo q eramos anões ●
● q não passavamos de pobres anões ●
● pequenos animais pra fome do gigante ●
● apenas uma carninha leve e nada mais ●
● essa é coisa bem indigesta e triste ●
● pro horror ser completo so falta ●
● descobrir q o gigante é so um anão ●
● com a mesma fome q nos movia ●
passo
1
● em pe ●
● na soleira da porta ●
● a ponto de entrar ●
● é estranho ●
● primeiro é preciso ●
● lutar contra o espaço ●
● depois ha a terra ●
● q flutua em torno do sol ●
● tudo pode se esfacelar ●
● num segundo ●
● tudo pode se esfacelar ●
● num segundo ●
● é como viver ●
● numa nuvem de moscas ●
● rapido ir caindo e cair ●
2
● em pe ●
● na soleira ha o tempo ●
● infinito a cumprir ●
● passo a passo ●
● como se fosse possivel ●
● dar o passo ●
● mudar o tempo ●
● mudar o ser a essencia ●
● so um passo ●
● pois alem de tudo ●
● ha o ser e a essencia ●
● isso q não se alcança ●
● pois se alcançar ●
● não sera um passo ●
● nem havera a soleira ●
3
● em pe ●
● na soleira as palavras ●
● os sonhos os desejos ●
● isso q trava ●
● isso q retorna e agulha ●
● a pele a carne o osso ●
● o fosso do dragão ●
● a fossa cheia ate a boca ●
● cerbero e serpente ●
● quantas noites ●
● quantas vidas é preciso ●
● quantas mortes ●
● assim esse passo ●
● isso q flutua antes ●
● da soleira ●
4
● em pe ●
● na soleira ha a lei ●
● os meganhas da lei ●
● essa crença ●
● a coisa q se enrosca ●
● cheia de espinhos ●
● a lei a ordem de nos ●
● a estranha simetria ●
● a doença o terror ●
● entre a soleira ●
● e o passo o passo ●
● q se desfaz e ri ●
● tão longe demais ●
● assim so a soleira ●
● o quarto jamais ●
servidão
1
● ?q causa te trouxe ate troia ●
● porq é so lixo sobre pedra antes ●
● q o fogo e a carne faça calcinar ●
● nem a colera nem a fina arte ●
● nem mesmo a loucura de todos ●
● aqui so mesmo a velha sombra ●
● olha o mar olha o deserto ●
● aqui não é mais nem mesmo troia ●
● nem troia quer ser mais nada ●
2
● ?q causa te trouxe ate troia ●
● nada amolece essa coisa triste ●
● essa coisa faminta por moedas ●
● quanto ultrage quanto partido ●
● quanta dor jogada no esterco ●
● quanto sonho jogado aos ratos ●
● sem nenhuma arrogancia e força ●
● todos esses de antes ate agora ●
● dagora ate alem são todos bufa ●
3
● ?q causa te trouxe ate troia ●
● q não foi a colera o furor ●
● pois isso falta a todos nos ●
● so o furor furado das sombras ●
● essa coisa de servos e meganhas ●
● nada grande nada sublime nada ●
● aqui a doença não vem da espada ●
● nem do dominio nem da beleza ●
● vem da servidão minha deusa ●
4
● ?q causa te trouxe ate troia ●
● te digo com clareza o q vira ●
● pois nenhum deus pode saber ●
● so os ossos as pelancas a queda ●
● isso q temos nos jamais vcs ●
● isso q nos separa e liberta ●
● seremos sempre dessa maneira ●
● pobres animais de fala facil ●
● entregando o cu a vida o suor ●
5
● ?q causa te trouxe ate troia ●
● pois so somos assim submissos ●
● como porcos galinhas e pombos ●
● nem mesmo os cães minha deusa ●
● nem os gatos nem as lebres ●
● nada nos iguala em servidão ●
● nada mais q o medo minha deusa ●
● nem a fome nem as doenças ●
● somos somente esse medo ●
*
● !icaro !meu caro icaro ●
● essas asas não bastam ●
● essas asas não batem ●
● penas de cera e arame ●
● isso não voa caro icaro ●
● isso não presta isso não ●
● depois é a queda o fim ●
● a pedra o verde o fim ●
● agua dura isso não voa ●
● !icaro !meu caro icaro ●
● fica entre as paredes fica ●
● o labirinto é essa vida ●
● aqui devemos viver ●
● temos tudo caro icaro ●
● nada nos força ou impede ●
● o labirinto é infinito ●
● ?pra q voar e voar assim ●
● se aqui tudo é perfeito ●
***
● meu avo vendia sapatos e meu pai ●
● fugiu de casa pra vender carne ●
● eu logo cedo gostei de roupas ●
● porisso fugi de todos pra isso aqui ●
● vendo roupas ha quarenta anos ●
● ate agora não me fartei do oficio ●
● ando o dia inteiro entre tecidos ●
● a vida inteira esse mesmo cheiro ●
● costuro ate bem tarde da noite ●
● acordo cedo ja pensando nisso ●
● tomo cafe entre os empregados ●
● almoço e janto sozinho assim ●
● feliz como meu pai e meu avo ●
● retalho a trama e percebo tudo ●
● antes de dormir refaço as contas ●
● sempre me dou por satisfeito ●
● vou dormir inteiro com a vida ●
● sem tempo pra sonho ou pesadelo ●
● so não entendo mesmo é essa dor ●
● cava bem no centro do meu peito ●
***
● a noite sempre chega ●
● ?o q seria de nos se a noite não chegasse ●
● e não houvesse bem mais q essa rua iluminada ●
● esse sol q não descansa essa gente ●
● esse peso nas pernas essas pernas ●
● essa fome essa luz essas doenças ●
● se a noite não chegasse não chegasse mesmo ●
● não sei o q seria de nos ●
● enquanto a cidade dorme a cidade acorda ●
● porq o trabalho esse trabalho nos consome ●
● as palavras nos consomem tudo ●
● por isso jamais chegamos tarde e tudo arde ●
● porq não ha deus não ha deuses nem almas ●
● nem acima nem abaixo nesse ou noutro mundo ●
● e nosso dominio é tão minusculo ●
● e nossa lingua tão sem musculo ●
● ninguem pra nos poupar ●
● vivos ou mortos aos pedaços ou inteiros ●
● ninguem vai nos poupar ●
● mesmo assim em carne viva ●
● todos sem pele se matando sem pele ●
● mesmo assim todos nus em carne viva ●
● todos se movem e se tocam perversamente ●
● porq nada nos contem ou preserva ●
● porisso mesmo dançamos e rimos ●
● sem peles sem nervos em carne viva ●
● ossos assim dessa maneira q se pode ver ●
● nenhum bronze nenhum metal pesado ●
● nem ouro nem prata so essas moedinhas ●
● tanto trabalho tanto suor e essas moedinhas ●
● nem mesmo herois nem semelhantes ●
● assim somos todos nos ●
● cada um por si sem semelhantes ●
● esses corações assim assim fora do peito ●
● como papoulas frias q os passaros bicam ●
● sempre sem companheiros ●
● jamais tempo indigente ou desolado ●
● pois ha sempre em toda carne olho e sexo ●
● todos esses dedos miudos essa torpeza ●
● o deus do vinho esse q não ha e dançamos ●
● com esse corpo em carne viva e rimos e rimos ●
● porq a noite cede e começa a cair de cena ●
● é a hora do trabalho todas as horas do mundo ●
● e os corpos esses corpos se chocam ●
● sempre todos em carne viva ●
● sempre viva demais ●
● ?o q seria de nos ●
● todos sempre assim em carne viva ●
● se a noite não chegasse ● mas a noite sempre chega ●
***
● ainda bebem cerveja ●
● logo beberão sangue ●
● assim como bebem ●
● agua beberão urina ●
● se contorcem e dizem ●
● !abaixo todas as leis ●
● esse logro domado ●
● leva a lugar nenhum ●
● ?q querem então ●
● resposta simples !tudo ●
● e trituram a carne ●
● e esses ossos confusos ●
● posso ver o deserto ●
● sentir como ele cresce ●
● rasteja e se derrama ●
● aqui e devora a lingua ●
● nenhuma lacuna ●
● nesse desejo pobre ●
● esse grito selvagem ●
● sera sempre esquecido ●
● quando vemos a fera ●
● ela ta perto demais ●
***
● vamos fingir ●
● q não aconteceu ●
● q a lamina ●
● não cortou ●
● tão fundo ●
● q tanto sangue ●
● não se perdeu ●
● vamos fingir ●
● q é possível ●
● inda falar ●
● e q os dias ●
● e as noites ●
● podem continuar ●
● como sempre ●
● vamos fingir ●
● q nos conhecemos ●
● q mantemos ●
● essa distancia ●
● essa proximidade ●
● isso q antes ●
● era isso mesmo ●
● vamos fingir ●
● q sou o mesmo ●
● q a vida ●
● q a vida continua ●
● como sempre ●
● e essa loucura ●
● fosse assim mesmo ●
o ultimo poema
● boghazkoy ●
● sim aquele mesmo q vende doces ●
● enrolados na massa q nossa mãe ●
● um dia nos ensinou com todo misterio ●
● e nunca mais fez novamente nem deixou ●
● q nenhum de nos fizesse novamente ●
● mas esse boghazkoy não so fez e faz ●
● como enrola a massa naqueles doces ●
● q são doces demais e enjoados ●
● ao mesmo tempo em q vendendo ele ●
● recita um poema diferente pra cada um ●
● q compra seu doce enrolado naquela massa ●
● q nossa mãe nos proibiu e ha o poema ●
● pois ficamos sem saber se compramos ●
● a massa o doce ou aquele poema ●
● q ele recita sempre muito devagar ●
● pra q acompanhe as mordidas no doce ●
● a degustação daquela massa proibida ●
● e as palavras do poema sempre parecem ●
● ser da mesma natureza do doce ●
● da natureza daquela massa ●
● mas isso seria impossivel ●
● não apenas porq boghazkoy sabe mesmo ●
● quando começar e quando terminar ●
● de recitar o poema q segue o passo ●
● de cada mordida de cada momento do doce ●
● cada momento da massa na boca ●
● mas esse foi um outro tempo ●
● aquele doce ha muito perdeu seu gosto ●
● a massa perdeu todo seu misterio ●
● nem mesmo os poemas existem mais ●
● agora o q temos é uma cidade destruida ●
● pela guerra um povo triste sem doces ●
● sem o misterio daquela massa proibida ●
● pela nossa mãe e a saudade dos poemas ●
● q sabiam ir diretamente dos ossos a carne ●
● qualquer dia desses vamos descobrir ●
● q a vida se tornou tão pequena sem os doces ●
● sem o misterio da massa sem a vida ●
● dos poemas porq deixamos q tudo aquilo ●
● morresse como se fosse um minusculo inseto ●
● morrendo afogado num copo dagua ●
● q a vida depois do ultimo doce ficou amarga ●
● principalmente porq o q fizemos ●
● boghazkoy tornou tudo ●
● tão diferente tão estranho tão perverso ●
● q é como se so agora vissemos a loucura ●
● q sempre nos rodeou e esse nosso inferno ●
macbeth
● ah meu macbeth meu macbeth ●
● ?por q não o mundo o fogo o fogo o fogo ●
● porq ha sempre as cinzas meu macbeth ●
● as cinzas pros nossos bolos ●
● ?q seriam dos nossos poucos dentes ●
● das linguas das nossas tão boas linguas ●
● ?q seria de nos macbeth sem as cinzas ●
● as cinzas as cinzas de todo o fogo o fogo ●
● o fogo meu belo e louco e morto macbeth ●
● porq nem desejo nem ambição ●
● nada disso meu pobre idiota mas as cinzas ●
● nada mais importa nada mais pode ser ●
● o bem o mal tudo igual meu macbeth ●
● o fogo as cinzas o fogo as cinzas ●
● a chuva os trovões tudo some ●
● toda luta ja é perdida porq começa ●
● o fogo macbeth esse sangue de deus ●
● q torna tudo a grande razão as cinzas ●
● do fogo o horror o horror macbeth ●
● q o fogo não dura o fogo o fogo ●
● so as cinzas as cinzas macbeth ●
● q é isso q se respira e se devora ●
● q so se sonha cinzas sobre cinzas ●
● poder dinheiro e fama tudo cinzas ●
● aceita macbeth devora logo o fogo ●
● o fogo todo o fogo pleno a vida a vida ●
● esquece essa porra essa loucura o fogo ●
● devora logo devora o tempo ●
● q as chamas torram tudo com volupia ●
● devora com gozo e aceita bem a morte ●
● as cinzas antes do tanto peso da tanta dor ●
● o fogo o fogo o fogo macbeth isso sim ●
● o resto é correr por esses campos pra nada ●
● não ha tantos corvos tanta fome ●
● pra devorar o fogo infinito o fogo o fogo ●
● mas ha corvos demais pra devorar ●
● as cinzas nossas cinzas as cinzas macbeth ●
● ate não restar nem o cheiro das cinzas ●
● não ha limite pra essa fome ●
● o medo faz de todos tolos traidores ●
● cinza crua cinza fria cinza das cinzas ●
● sem antes o fogo sem o fogo o fogo ●
● o caldeirão gira pelo fogo com o fogo ●
● maldito quem acredita no fogo ●
● pois so ha as cinzas macbeth ●
● devora logo as cinzas doces e amargas ●
● cinzas enquanto tua boca tem dentes ●
● enquanto tua goela pode engolir ●
● enquanto tua lingua pode dizer ●
● q nem mesmo a lingua diz mais o fogo ●
● o fogo so as cinzas as cinzas macbeht ●
● nenhuma vida nenhuma historia ●
● nem mesmo essa coisa q te consome ●
● agora macbeth so as cinzas as cinzas ●
sacrificio
● aquela é a terra q te prometi ●
● recorda q foi isso q se ofereceu ●
● foram essas justamente as palavras ●
● agora a teus olhos ela aparece ●
● distante mas podemos ver os verdes ●
● os verdores e suas fartas promessas ●
● mas teu corpo não vai alem daqui ●
● apura teu nariz pra sentir os perfumes ●
● q se alastram de la pelos desfiladeiros ●
● havera muito pão muita carne e vinho ●
● havera tudo q pode teu povo plantar ●
● tudo q se pode colher sem se esgotar ●
● sente tambem o cheiro das fontes ●
● pois ali jorra mais agua q no entre rios ●
● ali ha mais agua q no velho egito ●
● aquela é a terra q te prometi ●
● presta atenção na alegria do teu povo ●
● como vibram ao encontro da trapaça ●
● por esse caminho a terra de galaad ●
● todo o neftali a terra de efrain terra ●
● de juda ate o mar abarrotado de peixes ●
● alem o oasis de palmeiras q é jerico ●
● essa é a terra q anunciei a tua linhagem ●
● sim foram essas as minhas palavras ●
● vira a riqueza as dores q existem ●
● as alegrias mortes e vidas assim ●
● como em todos os lados do mundo ●
● foi o q vc sonhou e eu cumpro ●
● olha o frescor tão distante e doce ●
● mas teu corpo não vai alem daqui ●
● aquela é a terra q te prometi ●
● gargalha pra q a terra seja um gozo ●
● q ali aja grandeza e criações ●
● pois tarei sempre com teu povo ●
● ele não sera mais carne de destruição ●
● cercado por muros e pelas armas ●
● olha as montanhas vales e mares ●
● q tudo isso prende e se abre como quem ●
● amamos e nos ama mas teu corpo não ●
● vai alem daqui pois no barro de moab ●
● te enterrarei como um rato deslembrado ●
● morto numa toca longe dos caminhos ●
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