Manuel Rui Alves Monteiro
Manuel Rui Alves Monteiro (Huambo, Angola, 04 de noviembre de 1941), más conocido por Manuel Rui, es un escritor angoleño, autor de poesía, cuentos, novelas y obras para el teatro.
Muchas de sus obras describen con ironía, comedia y humor lo que sucedió después de la independencia de Angola.
Obras
Poesía
Manuel Rui. Poesia Sem Notícias . Porto: [sn], 1967.
Manuel Rui. A Onda . Coimbra: Centelha, 1973.
Manuel Rui. 11 Poemas em Novembro: Ano Um . Luanda: UEA, 1976. ( Primeiro livro de poesia publicado em Angola após a independência )
Manuel Rui. 11 Poemas em Novembro: Ano Dois . Luanda: UEA, 1977.
Manuel Rui. 11 Poemas em Novembro: Ano Três . Luanda: UEA, 1978.
Manuel Rui. Agricultura . Luanda: Instituto Angolano do Livro, 1978.
Manuel Rui. 11 Poemas em Novembro: Ano Quatro . Luanda: UEA, 1979.
Manuel Rui. 11 Poemas em Novembro: Ano Cinco . Luanda: UEA, 1980.
Manuel Rui. 11 Poemas em Novembro: Ano Seis . Luanda: UEA, 1981.
Manuel Rui. 11 Poemas em Novembro: Ano Sete . Luanda: UEA, 1984.
Manuel Rui. Assalto . Luanda: Instituto Nacional do Livro e do Disco, 1981.
(Literatura infantil - Desenhos de Henrique Arede)
Manuel Rui. Ombela . Luanda: Nzila, 2006. (Edição bilingue português - umbundu
Manuel Rui. O Semba da Nova Ortografia . Luanda: UEA, 2009 .
Prosa
Manuel Rui. Regresso Adiado Lisboa . [Sl: sn], 1973. ( Inclui os contos: Mulato de Sangue Azul, O Aquário, Com ou Sem Pensão, Em Tempo de Guerra não se Limpam Armas e O Churrasco )
Manuel Rui. Sim Camarada! . Luanda: UEA, 1977. ( Primeiro livro de ficção angolana publicado após a independência )
Integra os contos O Conselho , O Relógio , O Último Bordel , Duas Rainhas e Cinco Dias depois da Independência
Manuel Rui. A Caixa . Luanda: Conselho Nacional de Cultura, 1977. ( Primeiro livro angolano de literatura infantil )
Manuel Rui. Cinco Dias depois da Independência . Luanda: UEA, 1979.
(Publicado originalmente no livro Sim Camarada!, foi editado separadamente, em formato de bolso, na colecção 2K da União dos Escritores Angolanos )
Manuel Rui. Memória de Mar . Luanda: UEA, 1980.
Manuel Rui. Quem me dera ser Onda . Lisboa: Edições Cotovia, 1982
Manuel Rui. Crónica de um Mujimbo . Luanda: UEA, 1989.
Manuel Rui. Um Morto & Os Vivos . Lisboa: Edições Cotovia, 1993. ( Adaptado para a série O Comba da Televisão Pública de Angola )
Manuel Rui. Rio Seco . Lisboa: Edições Cotovia, 1997.
Manuel Rui. Da Palma da Mão . Lisboa: Cotovia, 1998.
Manuel Rui. Saxofone e Metáfora: Estórias . Lisboa: Cotovia, 2001. ISBN 972-795-012-4
Manuel Rui. Um Anel na Areia . Luanda: Nzila, 2002.
Manuel Rui. Nos Brilhos . Luanda: Instituto Nacional das Indústrias Culturais, 2002 .
Manuel Rui. Maninha: Crónicas (Cartas Optimistas e Sentimentais) . Luanda: Nzila, 2002 .
Manuel Rui. Conchas e Búzios . Luanda: Nzila, 2003. ( Literatura infantil - Ilustrado por Malangatana )
Manuel Rui. O Manequim e o Piano . Luanda: UEA, 2005.
Manuel Rui. Estórias de Conversa . Luanda: Nzila, 2006. ( Reúne os contos: O Menino da Cachoeira, Curto Relato de um Feiticeiro, Desculpe, Tia!, O Telefone Celular e Isidoro e o Cabrito )
Manuel Rui. A Casa do Rio . Luanda: Nzila, 2007.
Manuel Rui. Janela de Sónia . Luanda: UEA, 2009 10 .
Teatro
Manuel Rui. O Espantalho . [Sl: sn], 1973. ( Obra inspirada na tradição oral e representado por trabalhadores da construção civil da cidade do Lubango )
Manuel Rui. Meninos de Huambo . [Sl: sn], 1985.
Patria
En qué floresta mar o
hasta casa punto de encuentro
caminos o palabras
en qué cabellos crespos ondulados
lisos dónde (¿por qué esta pregunta?)
se muere ciudadano
en qué trayecto se cumple
la trayectoria
en qué lengua se libera
la libertad y
en qué derrota
se siente una victoria…
ah, la Patria, esa invención.
Manuel Rui Alves
Manuel Rui Alves Monteiro nasceu no Huambo, Angola, em 1941, tendo vivido durante anos em Coimbra, onde se licenciou em Direito. Em Portugal, foi advogado e membro da direção da revista Vértice, da qual foi colaborador. Regressou a Angola em 1974, onde ocupou diversos cargos políticos, tendo sido Ministro da Informação do Governo de Transição. Foi também professor universitário e Reitor da Universidade de Huambo e, posteriormente, funcionário superior da Diamang, exercendo novamente atividades jurídicas. É um dos principais ficcionistas Angolanos.
Mar novo
2
Mas é novo este azul tela rasgada
é novo o nosso olhar.
É nova esta forma gestual de espuma
feita sabor de amor de guerra e de vitória
em nossas bocas férteis em nossas pálpebras
de antigo medo clandestino
soletrando a lágrima
quando era o nosso mar recordação também
escravizada:
caminho secular de ir e não vir.
5
E é bom verificar as mãos. Principalmente
as nossas mãos umedecidas pelo mar.
As mãos que tocam as coisas
As mãos que fazem as coisas
As mãos. As mãos terminal de carga
e de descarga do nosso pensamento
As mãos mergulhadas sob a água.
na (re)descoberta tímida das essências
no pulsar submarino de uma nova esperança.
6
Tudo é fugaz
entre o desenho do teu pé na areia
e a onda que desfaz
a marca
Entre a guerra e a paz
retorno fisicamente o poema a onda
constante meditação primeira.
Nós e as coisas.
Nada permanece que não seja
para a necessária mudança.
Que o diga o mar.
(Cinco vezes onze - poemas em novembro)
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